
Passo a passo para corretores de imóveis declararem o imposto de renda corretamente e evitarem problemas com a Receita Federal
Você é corretor de imóveis e, todo ano, fica aquela dúvida: “Como declarar meu imposto de renda sem errar e sem cair na malha fina?”. Seja você autônomo, pessoa jurídica ou trabalhando com uma imobiliária, saber como organizar suas comissões e despesas para a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) é essencial. Em 2025, com o mercado imobiliário aquecido e a Receita Federal cada vez mais atenta, acertar essa prestação de contas pode te poupar dor de cabeça e até dinheiro.
Mas como fazer isso direitinho? Neste artigo, vamos te guiar por 7 passos práticos para declarar seu imposto de renda como corretor de imóveis, com exemplos reais, dicas atualizadas e tudo o que você precisa saber sobre deduções, comissões e obrigações fiscais. Quer entender como transformar esse processo chato em algo simples e seguro? Então acompanhe este guia até o fim e prepare-se para declarar seu IRPF em 2025 como um pro!
1. Entenda sua situação: autônomo ou PJ?
O primeiro passo para declarar imposto de renda como corretor de imóveis é saber em qual categoria você se encaixa, porque isso muda tudo na hora de preencher a declaração.
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Criar Site- Autônomo: Se você trabalha por conta própria, sem vínculo com imobiliária, suas comissões são consideradas “rendimentos de trabalho não assalariado”. Você paga imposto mensal via Carnê-Leão e declara tudo no IRPF.
- Pessoa Jurídica (PJ): Se você abriu uma empresa (ex.: MEI ou Simples Nacional), os lucros da empresa são tributados separadamente, e você declara como pessoa física apenas o que retira como pró-labore ou distribuição de lucros.
- Vinculado a imobiliária: Se recebe como CLT ou tem comissões repassadas pela empresa, parte do imposto já é retido na fonte, mas você ainda precisa declarar.
Exemplo prático: João, corretor autônomo em São Paulo, ganhou R$ 60 mil em comissões em 2024. Ele usa o Carnê-Leão para pagar imposto mensal e declara no IRPF. Já Maria, que é MEI em Recife, faturou R$ 80 mil, mas só declara o pró-labore de R$ 20 mil como pessoa física.
Dica: Confira com seu contador qual é seu enquadramento em 2025, porque isso define os próximos passos.
2. Organize seus rendimentos
Como corretor, seu ganha-pão vem das comissões – e a Receita quer saber de cada centavo. Organize tudo antes de declarar.
- Autônomos: Anote todas as comissões recebidas (venda ou aluguel) em um controle mensal. Use o programa Carnê-Leão da Receita para calcular o imposto devido todo mês (até o último dia útil do mês seguinte). Esses valores vão para a aba “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PF” no IRPF.
- PJ: Registre o que você retira como pró-labore (tributado) e a distribuição de lucros (isenta, se dentro das regras). Isso vai na aba “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” ou “Rendimentos Tributáveis”, dependendo do caso.
- Comissões de imobiliária: Veja o informe de rendimentos enviado pela empresa, que já traz o imposto retido na fonte. Declare na aba “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ”.
Exemplo prático: João recebeu R$ 5 mil em março de 2024 por uma venda. No Carnê-Leão, calculou R$ 637,50 de imposto (base de 2024, com alíquota progressiva até 27,5%). Ele exporta esses dados para o IRPF em 2025.
Dica: Guarde recibos, contratos e comprovantes de pagamento por 5 anos – a Receita pode pedir.
3. Conheça as deduções permitidas
Boa notícia: como corretor, você pode deduzir despesas do imposto de renda, mas só as permitidas por lei. Isso reduz a base de cálculo e o valor a pagar.
- Autônomos: No Carnê-Leão, deduza INSS pago (até o teto de R$ 1.903,98 em 2024, ajustado em 2025), contribuições a previdência privada (PGBL, até 12% da renda) e dependentes (R$ 2.275,08 por dependente em 2024). No IRPF, some despesas médicas, educação (até R$ 3.561,50 por pessoa) e pensão alimentícia.
- PJ: Despesas da empresa (ex.: internet, propaganda) são deduzidas na contabilidade da PJ, não no IRPF. Só o pró-labore entra como renda tributável na pessoa física.
- Gastos do dia a dia: Combustível, celular e aluguel do escritório não são dedutíveis diretamente no IRPF de autônomos, a menos que você prove vínculo exclusivo com a atividade (o que é raro).
Exemplo prático: Maria, autônoma, pagou R$ 1.500 de INSS e tem um filho como dependente. Ela deduz R$ 3.775,08 (R$ 1.500 + R$ 2.275,08) da base de cálculo no Carnê-Leão.
Dica: Consulte a tabela de deduções atualizada em 2025 no site da Receita Federal.
4. Declare bens e direitos
Se você comprou ou vendeu imóveis (próprios ou como investimento), isso entra na declaração. O mesmo vale para carros ou outros bens.
- Como fazer: Na aba “Bens e Direitos”, informe o código (ex.: 11 para apartamento), descrição (ex.: “Apartamento em [cidade], comprado em [data]”), valor de aquisição e situação em 31/12/2024. Se vendeu, declare o ganho de capital na aba “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva”.
- Exemplo prático: João comprou um apê por R$ 200 mil em 2023 e o declarou em 2024. Em 2025, ele vende por R$ 250 mil, pagando 15% de imposto sobre o lucro (R$ 50 mil x 15% = R$ 7.500) via programa GCAP, e informa no IRPF.
Dica: Não atualize o valor do imóvel para o preço de mercado – use só o custo de aquisição, exceto se houver benfeitorias comprovadas.
5. Use o programa Carnê-Leão (se autônomo)
Para corretores autônomos, o Carnê-Leão é obrigatório se você recebe de pessoas físicas ou empresas sem retenção na fonte. Em 2025, ele segue sendo a base da sua declaração.
- Como fazer: Baixe o programa no site da Receita, insira os rendimentos mensais, deduza INSS e dependentes, e gere o DARF para pagamento. Depois, importe os dados para o IRPF na aba “Carnê-Leão”.
- Exemplo prático: Em maio de 2024, João faturou R$ 10 mil. Com INSS de R$ 1.903,98 deduzido, a base foi R$ 8.096,02, gerando um DARF de R$ 1.481,62 (alíquota de 27,5% menos parcela a deduzir).
Dica: Pague o DARF em dia (até o fim do mês seguinte) para evitar multa de 0,33% ao dia.
6. Preencha e envie a declaração
Com tudo organizado, é hora de preencher o IRPF 2025, que geralmente vai de março a abril. Baixe o programa da Receita e siga o fluxo.
- Passos básicos:
- Informe dados pessoais.
- Adicione rendimentos (Carnê-Leão, pró-labore ou informe da imobiliária).
- Insira deduções (saúde, educação, INSS).
- Declare bens e direitos.
- Veja se há imposto a pagar ou restituir e envie.
- Exemplo prático: Maria declarou R$ 60 mil de comissões, deduziu R$ 10 mil (INSS + dependente + saúde) e pagou R$ 7.500 de imposto no ano. No IRPF, ajustou o saldo e recebeu R$ 500 de restituição.
Dica: Escolha o modelo completo se tiver muitas deduções; o simplificado dá 20% de desconto automático (limitado a R$ 16.754,34 em 2024, ajustado em 2025).
7. Fique atento às regras de 2025
A Receita Federal atualiza anualmente as regras do IRPF. Em 2025, fique de olho em:
- Obrigação de declarar: Renda acima de R$ 30.639,90 em 2024 (valor ajustado em 2025), bens acima de R$ 800 mil ou ganho de capital na venda de imóveis.
- Novidades: Possíveis mudanças na tabela progressiva ou deduções – acompanhe o site da Receita em março de 2025.
- Malha fina: Erros como omitir comissões ou deduzir gastos indevidos (ex.: gasolina sem comprovação) podem te pegar.
Exemplo prático: João caiu na malha fina em 2023 por esquecer uma comissão de R$ 5 mil. Em 2024, revisou tudo com um contador e evitou o problema.
Dica: Contrate um contador se seu faturamento for alto ou sua situação for complexa – vale o investimento.
Dicas extras para corretores
- Guarde tudo: Contratos, notas fiscais e DARFs são sua prova contra fiscalizações.
- Use tecnologia: Apps como ContaAzul ou Excel ajudam a controlar rendimentos.
- Planeje o ano: Pague o INSS cheio para deduzir mais e garantir aposentadoria.
Por que declarar certo é essencial em 2025?
Como corretor de imóveis, sua renda pode variar muito – de meses gordos a períodos magros. Declarar o imposto de renda corretamente te mantém em dia com a Receita, evita multas (que podem chegar a 20% do imposto devido) e garante tranquilidade. Em 2025, com o mercado imobiliário projetado para crescer 8% (segundo a Abrainc), suas comissões podem aumentar, e a atenção da Receita também.
Então, pegue suas anotações de 2024, organize suas comissões e teste esses passos. Um IRPF bem feito pode até te trazer uma restituição surpresa! Se tiver dúvidas ou quiser contar como foi, deixe um comentário ou baixe nosso guia gratuito sobre finanças para corretores clicando aqui. Vamos juntos fazer seu 2025 ser um sucesso, dentro e fora da declaração!